A Suíça aprovou a interdição da construção de minaretes, ao aprovar em referendo uma proposta de dois partidos de direita. A proposta foi aprovada por 53 por cento dos helvéticos e apenas rejeitada em quatro dos 26 cantões do país.

Os suíços decidiram, este domingo, interditarem a construção de minaretes de mesquitas, aprovando assim em referendo uma proposta de um partido da direita populista e de um pequeno partido cristão de direita do país.

Só quatro dos 26 cantões suíços rejeitaram esta proposta da UDC e da UDF, que contou com a aprovação de 53 por cento dos eleitores suíços que deram o seu sim a esta interdição que será uma medida «própria para manter a paz entre as diversas comunidades religiosas».

A UDC entende que os minaretes são um «símbolo aparente de uma reivindicação político-religiosa do poder que coloca em causa os direitos fundamentais», ao passo que o intelectual muçulmano Tariq Ramadan considerou «catastrófico» o resultado deste referendo.

Este intelectual controverso, que vive em Genebra e dá aulas na Universidade de Oxford, considerou que os «suíços exprimiram um verdadeiro medo» e «questionaram de modo profundo a questão do islamismo na Suíça».

Os Verdes helvéticos entretanto já indicaram, por seu turno, que vão apresentar um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, contra o resultado deste referendo, por violação da liberdade religiosa que é garantida pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem.

O resultado surpreendeu os analistas, isto depois de as sondagens feitas durante a campanha eleitoral predizerem uma vitória do "não", que teria o apoio de 53 por cento dos eleitores.


Suíça aprova interdição da construção de minaretes - TSF
AI considera proibição de minaretes uma violação da liberdade religiosa - TSF

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